sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Lembranças!

Durante a minha adolescencia, tive alguns amores não correspondidos e um pai bem ciumento, o que não é de se estranhar, levando-se em conta que ele estava rodeado pelo gênero feminino. E por ser tão nova, tinha que me contentar com namoro pela internet e por telefone, dá pra acreditar?

Quando eu tinha 17 anos, eu estava terminando o terceiro ano (ensino médio), e tinha chegado a pouco tempo em minha cidade, fazia parte da turma de adolescentes da minha igreja e me sentia meio deslocada. Certo dia, foi programada uma viagem para os adolescentes, para convivermos mais, e para nos divertir. E foi nesta viagem que eu me apaixonei...

Eu não sabia o que estava sentindo, e nem se estava sendo correspondida, mas não conseguia ficar longe dele.

Em nossa primeira noite no acampamento, sentamos em uma roda e lembro de estar sentada toda enrolada em um lençol, e ele, bem a minha frente, tocou em meus pés enquanto conversávamos, e percebendo que estavam frios, os cobriu...Aquele gesto tão singelo me cativou, e ficamos conversando por horas. 

Eu não conseguia esconder meus sentimentos, o sorriso estava estampado em meu rosto e a cada momento que o conhecia melhor, aumentava a minha fascinação e minha admiração por tudo o que ele era. Não sei se era por conta de nossa idade, e a empolgação de um amor, mas ele tinha as qualidades que eu sempre apreciei. 

E no ônibus, em nossa volta para casa, ficamos de mãos dadas sem que ninguem nos visse. Foi tudo tão meigo, tão simples e inocente...Um ótimo começo. São as lembranças mais doces que guardo no meu coração.

Quando iniciamos o namoro minha felicidade parecia não ter fim, me sentia tão feliz, que chegava a ficar assustada. E fazendo uma retrospectiva, percebo que foi o melhor relacionamento que tive, onde convivíamos juntos, com nossas famílias, e cuidávamos um do outro...Sempre tão doce e carinhoso.

Depois de alguns meses de namoro, ele decidiu viajar de férias, e por isso, decidimos aproveitar cada minuto antes de sua viagem, e nos aproximamos mais, tentando guardar na memória tudo um do outro. E no dia da despedida, em minha casa, lembro-me que ele me prometeu que iriar levar com ele a blusa que estava usando, por que nela tinha o meu cheiro. Parecia a última vez...e realmente foi. Doeu muito!

Ele ficou fora por uns dois meses eu acho, e quando voltou, tudo estava tão diferente, que até hoje não entendi o que houve...Não conseguíamos nos ajustar, ao que antes parecia tão fácil.

E pouco antes dele voltar das férias eu cheguei a preparar uma surpresa pra ele, que acompanhava uma carta minha. Só que quando ele chegou, e que eu percebi que as coisas não estavam bem, não tive coragem de lhe entregar meu presente, e muito menos a carta. E entre tantas memórias, irei compartilhar com todos vocês a carta que eu escrevi, e a propósito, ele jamais leu, ou soube dessa surpresa que eu havia preparado.

A Carta

Quatro meses se passaram e parece que foi ontem que fizemos aquela viagem, onde eu realmente te conheci e aprendi a admirá-lo.

Eu preparei esta surpresa para que tivesse certeza das saudades que senti de você. E eu quero que saiba que é muito importante para mim, e peço que nunca duvide disso.

Espero que goste de tudo o que preparei, e que quero saiba que fiz tudo pensando em você.

Ah!escrevi um "pensamento", logo que viajou. Espero que goste.


Te ver é te sentir...
Te sentir é como voar, mesmo não tendo asas.
E quando você se vai, só me resta um imenso vazio a inundar a minha alma e o entristecer em meu semblante.

Dos meus olhos as lágrimas salgadas rolam em busca dos meus lábios, por "saberem" que lá está todo carinho que antes de partiu deixou e em breve serão "afagadas" e seladas por seu doce e meigo beijo.

Da Sempre sua,
Suzan.
Espero que tenham sentido as minhas lembranças!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Um peixinho do outro mundo...

Existe muita coisa em mim que poucos sabem...E hoje resolvi compartilhar um segredo meu...

Eu sempre gostei de ler e escrever, e só quem me conhece muito bem sabe disso.

Tudo começou quando eu estava na segunda série, e tinha uns 8 anos de idade. Lembro-me como se fosse hoje...

A tia Cleonice, minha querida professora, certo dia se assentou pertinho de nós, e nos disse que íamos ler um livro chamado "Um peixinho do outro mundo" de Izomar Camargo Guilherme. Lembro que fiquei muito animada com a ideia, e realmente feliz...mas não fazia idéia de que aquele livro, faria a diferença na minha vida...

A história do peixinho que queria conhecer o outro mundo, me cativou de uma maneira que eu mesma não sei explicar, e partir daquele dia passei a devorar livros e a escrever...Aliás, certa vez, minha mãe me desafiou: a cada livro que eu lesse, ela me pagaria 1 real ahauhauhua. Bom, eu li 16 dezesseis livros em um mês, e minha querida maezinha logo viu que sairia no prejuízo.

Participei de muitas competições de redação, e entre todas as escolas particulares de Cuiabá, fiquei entre as 10 melhores redações. E o meu sonho de escrever se ajustou bem com a minha gana por leitura, que a próposito só aumentava.


Toda minha adolescencia foi marcada por bons livros e muita escrita da minha parte, teve epócas em minha vida, que eu preferia ler, a ter que sair de casa e a escrever, do que ter que expor meu sentimentos pessoalmente.

Engraçado que eu sempre conseguia dizer tudo o que eu queria quando escrevia, minhas ideias saltavam para o papel sem que eu percebesse, era como olhar para dentro de mim...Claro que como todo escritor, sempre teve exageros, e melancolia, que davam mais emoção ao que eu escrevia...e isso não era por ser triste, ao contrário, me sentia imensamente feliz quando escrevia, mas acho que todo escritor passa a idéia de solidão, pois quem lê ve um pouco dentro de nós, sem barreiras, ou qualquer tipo de resistência. Mas é preciso saber diferenciar, daquilo que são sentimentos que pertencem a essência humana, daqueles sentimentos que estão sendo vividos na escrita.

Então decidi partilhar com todos vocês alguns de meus manuscritos, textos que foram escritos por mim. Tentei encontrar textos de quando eu era criança, mas diante de tantas mudanças (cidades), muita coisa se perdeu. Os textos que encontrei são de minha adolescência, entre os anos de 2000 e 2004, por isso, não sejam tão críticos, kkkk...muita coisa parecerá boba e infantil...mas era exatamente o que eu era...

O primeiro texto que irei postar, foi escrito em 21/05/2002, as 8:55 da manhã, eu estava na escola, e passava por um momento muito difícil, pois sofria por minha tia que estava muito doente. Foi uma das pessoas que mais amei no mundo.


De Peito Aberto


Ao olhar pela janela a chuva caía e os ventos sopravam...

Deitada em minha carteira sofria, buscava olhar para a chuva como sinal de benção, mas em meu coração, só pensava que naquele dia o céu amanhecera triste e derramava "suas lágrimas geladas", pelo mesmo motivo que eu gemia.

Seu barulho trazia o soluço em meu peito, que estava preso, reprimido, triste, por ver a vida e a morte tão próximas e ao mesmo tempo tão distantes.

Deus, o Senhor dos Senhores, Deus do impossível, escuta constantemente os meus clamores, pedindo cura, alívio para o bater acelerado do meu coração, vida abundante, o sorriso meigo e cativante, que faz florecer qualquer alegria escondida.

Clamo para que opere na vida dos tementes e afague nossa alma do medo e nos mostre não só uma luizinha no fim do túnel, mas sim o caminho certo e seguro pelo qual devemos seguir.

Mas sou consciente e entendo a palavra de Deus, o suficiente para me prostrar a qualquer decisão do Criador.

Autora: Suzan Michelly Coelho Fernandes.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Principiante...

Hoje é o meu primeiro Post, então me desculpem se eu não souber usar da forma certa auhauauha
Sei que diário é considerado "coisa" de adolescente, mas acho que no fundo nunca cresci...me considero criança de coração...Afinal o que tem de tão legal em ser adulta!? Aaaaaaaaa sim...pagar contas e muita responsabilidade!!!

Hoje lendo o blog da minha tia, me senti inspirada a criar o meu {desculpa tia...copiei vc "redatora quando escreve"), e lendo, fiquei emocionada com todas as suas palavras e descobri que tenho muito a dizer...mesmo que não tenha ninguém para me "ouvir" rrsrrsrsrsr

Então vou deixar de enrolar e começar de verdade o meu primeiro post.

Nesse fim de semana tive a oportunidade de ir para a Capital...sonho de todo caipira (que sou) kkk, ir ao shoping grandão, como diz minha linda sobrinha, e nesses poucos dias pude ter a presença de minhas tias...comer costelinha com cerveja preta, ir ao shopping olhar todas as promoções e conversar...conversar muito. E dentre tantas conversas pude perceber o quanto amo estar com cada uma delas, e poder partilhar de suas experiências e conselhos tão sábios.

E a algum tempo tenho refletido muito, sobre tudo na minha vida, e tenho percebido que estou buscando por mudanças, por coisas novas, tentanto achar atitudes para as minhas audaciosas idéias...mas ainda não sei por onde começar...e pra falar a verdade, estou me sentindo meio sem rumo...Mas sei que isso vai passar...e quem sabe mais um final de semana...um pouco mais de conversas eu consiga clarear as idéias e chegar a um ponto de equilíbrio...

Provérbios 16:1 - O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor.